Quarta-feira, 04 de Agosto de 2010

O texto abaixo foi retirado da internet:

*TEXTO DEDICADO ÀS MULHERES, MAS OS HOMENS DEVEM LER PARA SABEREM O DRAMA QUE É A DEPILAÇÃO FEMININA.
É, REALMENTE, PRA "CHORAR" DE RIR....*


 

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.

Mas  acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer,  porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava  que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda,  protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.


publicado por Caramelo às 02:11

De Fernando Melek a 25 de Outubro de 2013 às 06:14
Marcia acha que para saber falar e escrever corretamente o português é necessário ser desocupado. 
Marcia é uma pessoa ocupada.
Marcia não conhece muito da língua portuguesa.

De G. Souza a 25 de Outubro de 2013 às 14:49
Fernando! Ótimo senso de humor, até para corrigir! E corrija mesmo... Escrever errado é um problema. Mas problema ainda maior é acharmos ruim ou desnecessária a correção ! A internet serve para se difundir um mundo de coisas, muitas das vezes inúteis. Que sirva também para o aprimoramento da escrita por parte daqueles que sofrem de deficiência nesse setor ! Abraço! E se acharem erros no meu texto, corrijam à vontade! Desde já agradecido!

De izabela a 25 de Outubro de 2013 às 17:52
Pessoas...estou passada como uma simples palavra ilário " escrita de forma incorreta deu mais ibope do que o texto da depilação!!! 
Triste de saber que as pessoas  tem acesso aos meios de comunicação mas ainda não aprenderem a usá-lo, isso só confirma que o  Brasil é um país de analfabetos funcionais. As pessoas que, mesmo sabendo ler e escrever um enunciado simples, como um bilhete, por exemplo, ainda não tem habilidade de leitura, escrita e cálculo necessário para participar da vida social em suas diversas dimensões: no âmbito comunitário, no universo do trabalho e da politica, por exemplo.

De Rodrigo a 26 de Outubro de 2013 às 17:52
É inacreditaveu comu as pessoa gosta de discuti, um simpres erru ortografico gerar tanta discuçao e xingamento...so tenho uma palavra pra todus voces que discutiram acima: FO-DA-SE! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

De LC a 27 de Outubro de 2013 às 10:04
Caru Rodrigo, o seu testo istá cheio de erros. Sintu-me ofendido com tanta ignuramcia. kkkkkkkkkk

De Cláudia a 27 de Outubro de 2013 às 03:18
Concordo em gênero, número e grau. Não é pelo fato de estar em um canal de comunicação informal, que se deve "escrever errado". Ter vícios de escrita, com abreviações tipo "vc", "qdo", etc. é normal, até pela velocidade que as informações pedem que sejam passadas, mas daí a escrever errado com essa proporção? Ninguém aqui é perfeito no português, mas a correção deve ser vista com bons olhos, pois não se aprende apenas estudando, e sim tendo os acertos dos outros como base... Lendo essa discussão toda, percebo o quanto a internet pode ser maléfica, mas ainda resta um fio de esperança, quando aparecem pessoas que "lutam" pelo que é correto (nesse caso, o mínimo de linguagem escrita decente). Corrigir não é denegrir a pessoa, pelo contrário, é mostrar que ela pode ser melhor... Eu vejo a não correção como querer deixar o outro na ignorância... Eu não sou perfeita no meu português, e aprendo todos os dias, mas quando eu vejo alguém errando, eu corrijo sim... É meu dever, por saber que está errado. Pior seria deixar a pessoa na ignorância e na repetição do erro, achando que está correto...

De Silvana a 28 de Outubro de 2013 às 02:20
Oi Claudia, concordo absolutamente com você e outras pessoas que defendem de maneira respeitosa a questão da preservação da língua portuguesa e todos os outros elementos de utilidade pública. No entanto, sugiro que você escolha uma palavra mais adequada do que "denegrir" que em seu primeiro conceito (dentre outros) é "tornar negro" e daí entra outras questões racistas incutidas. Isso é só uma sugestão e uma maneira de acrescentar algo ao seu vocabulário, se você quiser, é claro... Procure substituir palavras e expressões desse tipo para que você tenha mais credibilidade em colocações como esta. Vale ressaltar, que não sou melhor nem pior que ninguém, mas estou aqui para tentar colaborar. E não fazendo o papel de advogada do diabo (ao se referir especialmente ao Fernando), acho que independente de isso aqui ser ou não um blog, maior que tudo isso é o fato que devemos aprender a RESPEITAR a liberdade de expressão. Portanto, pessoas que precisam agredir com palavras as outras, para se fazer entender ou para se desfazer de uma opinião, acredito eu que é algo de profunda falta de educação, além de repugnante. ;)


De Cláudia a 2 de Novembro de 2013 às 19:45
Oi, Silvana. Obrigada por me mostrar essa variação da palavra "denegrir". Aprendemos todos os dias. Nunca atentei para isso. Valeu mesmo.:). E quando eu disse que concordo com as colocações do Fernando e outros, estou me referido as relacionadas às correções, apenas. Toda essa discussão me lembra "O mito da Caverna" de Platão. Quem tiver interesse, leia, pois retrata exatamente a relação do conhecimento com a ignorância (aqui a ignorância está retratada com a falta do conhecimento, não com a falta de educação). Recomendo para muitos, aliás...:)

De Letícia a 30 de Outubro de 2013 às 12:34
Kkkkkkk.... Vc deve ter uma vida de merda pra ficar aqui corrigindo e ofendendo as pessoas. Como se falasse tudo certo. Kkkkkk....
Tem 47 anos e todos os argumentos são: "Sua mãe sabe que está falando isso? Acho q ela não gostaria" Aposto que mora com a mãe até hoje.
Solitário, arrogante e rancoroso.
Tenho pena de vc...
Rsrs

De Fernando Melek a 30 de Outubro de 2013 às 15:26
Olá, Letícia, obrigado pela sua opinião.
Lamento que minha preocupação com a tristeza da mãe do rapaz de boca suja tenha te incomodado.
Mas ainda acho surpreendente a necessidade de alguns em falar palavras de baixo calão. Estou seguro que você, uma pessoa tão educada, de boa família e autônoma , consegue expressar uma opinião para além do baixo palavreado.
Admirei profundamente seu comentário sobre o texto, parabéns.
É sempre um alívio ver pessoas centradas e cultas, que conseguem diferenciar os assuntos com tamanha sabedoria e fazer análises tão profundas.
Novamente obrigado!
Considerarei fortemente seus atentos e preocupados conselhos, acredite que sua sabedoria e educação não foram empregadas e expressadas aqui em vão.
Tenho apenas uma dúvida, me perdoe por perguntar. Pela sua opinião, a pessoa deve ter uma "vida de merda " para ficar "corrigindo e ofendendo" pessoas. E sugere que a pessoa ainda more com a mãe, tendo por base a tal "vida de merda ".
Aceitando como verdade sua declaração, e estando você aqui me "corrigindo e ofendendo", como é a sua vida? Ainda mora com a sua mãe? Morar com sua mãe é o fato que torna sua vida uma merda "?
Talvez você não devesse trazer seus problemas particulares com sua família a uma discussão em um blog aberto, que fala sobre depilação.
Me soa como falta de respeito à sua família isso.
Acho nobre de sua parte ajudar no debate, mas talvez fosse melhor manter seus problemas pessoais fora do assunto.

De Felipe a 2 de Novembro de 2013 às 11:10

Fernando Melek, por favor, me tire uma dúvida. Na frase: "Ei, Fernando Melek, vá tomar no cú, seu bosta do caralho", segundo o novo acordo ortográfico, na palavra "cú", aplica-se o acento agudo, ou não?

De Fernando Melek a 2 de Novembro de 2013 às 15:08
Felipe, lamento não poder te ajudar.
A que você precisa está além de minhas capacidades.
Reclame com quem te (mal) criou.

De Felipe a 3 de Novembro de 2013 às 01:09

Desculpe, acho que o senhor não entendeu, não estou reclamando, apenas quero tirar uma dúvida com uma pessoa muito experiente no assunto, e achei que o senhor seria o mais indicado por aqui, mas acho que me enganei.

De Fernando Melek a 3 de Novembro de 2013 às 02:35
Sim, Felipe, você se enganou.
Mas é um engano tolo, você está desculpado.
Agora vá e não erre mais!

De Fernanda Meleka a 4 de Novembro de 2013 às 15:40
Ei Fernando, VAI TOMAR NO CÚ! 
Chato pra caralho!

De Fernando Melek a 4 de Novembro de 2013 às 16:44
O nome tão parecido e a educação tão diferente.
Bem, cada um contribui com o que tem.
Obrigado pela opinião, sei que foi difícil a você se expressar.
Não desista, com a prática seu vocabulário tende a melhorar e talvez, com um pouco mais de cultura, você até supere sua covardia e consiga usar seu próprio nome.
Neste momento, parabéns por conseguir escrever, ainda que errado.
O importante é se comunicar!

De Anónimo a 31 de Outubro de 2013 às 01:42
Galinha também tem pena......


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Kkk muito bom bem assim.
Descreveu muito bem esse ritual vabeludo.kkkkkkk m...
Gente não pensei de rir tanto asaim 😂😂😂😂😂😂😂 com um...
Sou contra a depilação, eu por exemplo me sinto at...
KkkkkkkkkMorri de rir com essa história!!!Kkkkkk
Kkkkkkkkk dei muita risada lendo o texto!
SOCORROOO, PARA😹😹! Rindo litros!
Rindo até o próximo século rsrsrs é bem isso mesmo...
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